17 de outubro de 2011

Tabela de emissões

Emissões de gases do efeito estufa dos países desenvolvidos e economias em transição entre os anos de 1990 e 2006, em milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

Veja informações detalhadas sobre mudanças nas emissões até 2007 no relatório de outubro de 2009 do Secretariado de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, clicando aqui.

     País   2006     2005    2000      1990      2006/1990
 (mudança %) 
  Turquia   331,8     312,4     280,0    170,1     95,1
 Espanha         433,3    440,9     385,0     287,7     50,6
 Portugal         82,7     87,2      81,5      59,1     39,9
 Austrália       536,1    529,5     495,2     416,2     28,8
 Grécia          133,1     133,8    128,2     104,6      27,3
 Nova Zelândia 77,9     77,4      70,7      61,9     25,7
 Irlanda          69,8      70,3     69,0      55,5      25,6
 Islândia          4,2       3,7      3,7       3,4      24,2
 Canadá          720,6     734,5    717,7     592,3      21,7
 Liechtenstein    0,27     0,27      0,25      0,23     17,9
 Áustria          91,1      93,3     81,1      79,2      15,1
 EUA           7.017,3  7.106,6  7.002,6   6.135,2     14,4
 Finlândia        80,3     69,0      69,8      70,9     13,2
 Itália          567,9     577,9    552,3     516,9       9,9
 Noruega          53,5      53,8     53,5      49,7      7,7
 Japão         1.340,1  1.358,1  1.348,3   1.272,1     5,3
 Dinamarca        71,9     65,0      69,3      70,3      2,2
 Eslovênia        20,6     20,5      18,9      20,3      1,2
 Luxemburgo       13,3     13,3      10,2      13,2      1,0
 Suíça            53,2     53,8      51,8      52,8      0,8
  Países Baixos 207,5    211,7     213,6     211,6     -2,0
 UE            4.151,1  4.186,0  4.117,6   4.243,8     -2,2
 França          546,5     560,3    559,9     566,4      -3,5
 Croácia          30,8      30,6     26,2      32,5      -5,2
 Bélgica         137,0    142,3     145,5     144,5     -5,2
 Suécia           65,7      66,9     68,3      72,0      -8,7
 Mônaco           0,09      0,10     0,12      0,11     -13,1
 Inglaterra      655,8    658,7     673,7     772,0    -15,1
 Alemanha      1.004,8  1.005,0  1.019,5   1.227,7    -18,2
 Rep. Tcheca 148,2    145,7     147,0     194,2    -23,7
 Polônia         400,5    386,4     389,5     563,4    -28,9
 Hungria          78,6      80,2    115,8     77,6     -32,1
 Eslováquia       48,9     49,3      48,5      73,7    -33,6
 Rússia        2.190,2  2.123,4  2.038,3   3.326,4    -34,2
 Belarus          81,0      75,6     69,8     127,4    -36,4
 Romênia         156,7    152,0     138,7     281,9    -44,4
 Bulgária         71,3     70,5      68,7     132,6    -46,2
 Ucrânia         443,1    425,7     395,0     922,0    -51,9
 Lituânia         23,2      22,7     19,4      49,4     -53,0
 Estônia          18,9      19,3     18,2      41,6     -54,6
 Letônia          11,6      11,1     10,0      26,4     -56,1
 TOTAL (Bilhões) 18,0      18,0     17,6      18,9      -4,7

Nota: Os dados excluem as emissões provenientes de florestas, uso da terra e mudança de uso da terra.

Gases do Efeito Estufa

Os gases do efeito estufa envolvem a Terra e fazem parte da atmosfera. Estes gases absorvem parte da radiação infra-vermelha refletida pela superfície terrestre, impedindo que a radiação escape para o espaço e aquecendo a superfície da Terra.

Atualmente são seis os gases considerados como causadores do efeito estufa: Dióxido de carbono (CO2), Metano (CH4), Oxido nitroso (N2O), Clorofluorcarbonetos (CFCs), Hidrofluorcarbonetos (HFCs), e Hexafluoreto de enxofre (SF6). Segundo o Painel Intergovernamental de mudanças do Clima, o CO2 é o principal "culpado" pelo aquecimento global, sendo o gás mais emitido (aproximadamente 77%) pelas atividades humanas.

No Brasil, cerca de 75% das emissões de gases do efeito estufa são causadas pelo desmatamento, sendo o prinipal alvo a ser mitigado pelas políticas públicas. No mundo, as emissões de CO2 provenientes do desmatamento equivalem a 17% do total.

O Hexa Fluoreto de Enxofre (SF6)  é o gás com maior poder de aquecimento global, sendo 23.900 vezes mais ativo no efeito estufa do que o CO2. Este gás é usado na indústria elétrica para aplicações de alta tensão, como em interruptores e disjuntores. Em conjunto, os gases fluoretados são responsáveis por 1,1% das emissões totais de gases do efeito estufa.

Confira abaixo os principais gases do efeito estufa e algumas das suas características.





Informações retiradas da Cartilha Herança Global - as mudanças que o aquecimento reserva, de autoria de Júlia Antunes Lourenço. 

Veja o site Trillionthtonne, lançado em 2009 pela Universidade de Oxford para rastrear a velocidade que nos aproximamos de um trilhão de toneladas de dióxido de carbono sendo lançados na atmosfera globalmente. A estimativa inicial era alcançar este volume em março de 2045, agora já está em junho de 2044.

Efeito Estufa

 O enorme alarde provocado pela divulgação do relatório do IPCC de 2007 causou muita dúvida entre as pessoas. A mais comum é culpar o efeito estufa por essas alterações climáticas. 

 O efeito estufa, no entanto, é um fenômeno natural essencial para permitir a vida no planeta. A camada de gases que envolve a Terra é responsável por mantê-la aquecida. Sem ela, o planeta seria coberta de gelo. Para entendê-lo, basta imaginar uma estufa de plantas, comuns em jardins botânicos. Neste caso da estufa, o vidro que mantém a temperatura funciona como os gases do efeito estufa. 

 A Terra é naturalmente protegida por uma camada de gases – formada por nitrogênio (aprox. 78%), oxigênio (aprox. 21%) vapor d’agua (1%), dióxido de carbono (aprox. 0,04%) e outros gases em menor quantidade - que faz com que o planeta se mantenha aquecido e habitável.

 Essa camada de gases funciona como uma redoma, impedindo que boa parte da radiação solar seja refletida de volta para o espaço. Ao reter o calor na superfície da Terra, o efeito estufa mantém a temperatura em cerca de 16ºC - nem muito quente, nem muito frio, permitindo o desenvolvimento da vida humana.

 Sem essa barreira, a superfície da Terra seria coberta de gelo, com uma temperatura média em torno de – 17 ºC.

 Desde a revolução industrial a concentração na atmosfera dos gases causadores do efeito estufa tem aumentado e, nos últimos anos, este ritmo tem sido acelerado. Segundo cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), a principal causa deste aumento é a queima de combustíveis fósseis utilizados para gerar energia e para a produção de bens de consumo.

 No Brasil, estas emissões estão amplamente ligadas ao desmatamento, principalmente da Floresta Amazônica. Outras fontes antrópicas de gases do efeito estufa são: 
 - Insumos utilizados na agricultura (alta concentração de nitrogênio) 
 - Dejetos suínos, processo digestivo de ruminantes (ex:gado), plantações de arroz (fonte de metano)
 - Produção de gases refrigerantes (HFCs)

20 de junho de 2011

BAROPATIAS OCUPACIONAIS

BAROPATIAS OCUPACIONAIS

Origem do termo

Baro – Do grego báros (peso, pressão).

Patia – Do grego páthos (doença).

Baropatia é o conjunto de sintomas que se manifestam em decorrência de variações da pressão atmosférica.

Segundo Bellusci (1996), Baropatias são, em termos sucintos, doenças causadas por exposição a alterações da pressão atmosférica.

A atmosfera exerce sobre o nosso organismo a chamada pressão atmosférica ou pressão barométrica, que varia com a altitude; ou seja, se subirmos uma montanha muito alta ou tomarmos um avião, teremos sobre nós uma pressão menor da atmosfera; se entrarmos no mar, a grandes profundidades, teremos sobre nós uma pressão maior exercida pela atmosfera e pela água.

Em condições normais, no nível do mar, com temperatura de 0ºC, essa pressão é de 1 atm, que equivale à pressão exercida por uma coluna de 760 mmHg ou 10m de água.

A cada 10m de profundidade do mar, nosso organismo está exposto a aproximadamente mais 1 atm de pressão. Portanto, no nível do mar, à temperatura de 0ºC, a pressão é de 1 atm; a 10m de profundidade, é de 2 atm; e a 20m, de 3 atm.

A 6.000m de altura, a pressão é de 0,5 atm; e, a 40.000m, é praticamente nula.

Normalmente, a pressão exercida pelos líquidos internos de nosso organismo está em equilíbrio com a pressão atmosférica. Quando há aumento ou diminuição da pressão atmosférica, podem ocorrer lesões mecânicas em tecidos moles, assim como alterações na distribuição de gases através das células e até morte.

Esse é um problema ao qual estão expostas as pessoas que trabalham em caixões pneumáticos e em submarinos, assim como os mergulhadores, aeronautas, alpinistas e todos os que realizam múltiplas atividades em tubulões e escavação de túneis pelo método Shield com ar comprimido.

A Pressão Atmosférica e a orelha

O equilíbrio entre a pressão interna da orelha e a pressão externa do meio ambiente é fundamental para a audição, para o equilíbrio do corpo e para a integridade dos tecidos que o formam.

O aumento ou a diminuição brusca da pressão atmosférica pode romper o tímpano e os ossículos da orelha média. O indivíduo tem sensação de orelha ocluída, hipoacusia, zumbido, dor puntiforme e violenta no momento da ruptura e, às vezes, sofre vertigem.

O tratamento é por instilação nasal de vasoconstritores e drenagem de líquidos. Também os antibióticos são utilizados quando há possibilidade de infecção.

Em geral, a laceração do tímpano cicatriza espontaneamente em dez a vinte dias com recuperação total, mas pode ser necessária uma timpanoplastia.

A prevenção de lesões da orelha é feita com o uso de manobras de descompressão timpânica e cura de todas as afecções que podem provocar estenose da tuba auditiva.

A Pressão Atmosférica e os seios paranasais

Os seios paranasais, por serem ocos, também sofrem lesões em condições hiperbáricas. Os mais comumente afetados são os frontais. Os sintomas são dor local intensa, edema, congestão, ruptura de capilares, hemorragia e deslocamento de mucosa.

Essas lesões se complicam facilmente com infecções bacterianas. A terapia consiste em aerossóis e instilação nasal de descongestionante e vasoconstritor. Os antibióticos também são utilizados quando há possibilidade de infecção.

A Pressão Atmosférica e os dentes

Os dentes podem doer agudamente quando o indivíduo é submetido a alterações de pressão atmosférica, se houver pequenas fissuras em obturações ou coroas. O tratamento é odontológico.

A Pressão Atmosférica e os pulmões

Os pulmões e a caixa torácica constituem estruturas de notável elasticidade e normalmente suportam bem variações de pressão atmosférica. Mas circunstâncias como a obstrução patológica dos brônquios ou a alteração de ritmo da respiração podem provocar lesão pulmonar grave.

Para compreendermos como os pulmões podem ser afetados, as vezes letalmente, pelas variações da pressão atmosférica, tomemos o exemplo de um mergulhador que sobe à tona, vindo de uma profundidade de 50m, ou de um indivíduo que desce à mesma profundidade num caixão pneumático.

O volume de ar nos pulmões no nível do atm é de cerca de 6 litros, portanto, a 50m de profundidade, a 6 atm de pressão, são necessários 36 litros de ar para ocupar o mesmo volume. Se a descompressão não for feita em tempo adequado, o ar se expande dentro do pulmão e provoca lesões graves dos alvéolos.

Além disso, pode penetrar na circulação sanguínea e provocar embolia gasosa no cérebro e outros tecidos, bem como enfisema no mediastino e pneumotórax. Os sintomas, nesses casos, variam de modestos distúrbios respiratórios até perda de consciência, edema pulmonar, distúrbios neurológicos, embolia e morte. A terapia é sintomática. O mesmo quadro pode comprometer seriamente a distribuição de oxigênio (O2), alterando a relação entre as concentrações de oxigênio do ar e do sangue e até nos tecidos, resultando em hiperoxemia, hiperoxia, hipoxemia, hipoxia e anoxia.

A hiperoxemia e a hiperoxia, que consistem no aumento de oxigênio no sangue e nos tecidos, respectivamente, provocam, por sua vez, grave e completo desequilíbrio metabólico, com alteração da função de diversos órgãos e aparelhos. O indivíduo apresenta sensação de secura na faringe, epistaxe, tosse seca e irritante, pressão e dor retroesternal.

Outros possíveis sintomas são broncopulmonite exsudativa, edema pulmonar, convulsão, hipertonia vagal com bradicardia, alucinação, confusão mental, vertigem, cefaleia, náusea, astenia, mal estar geral, perda de consciência, coma profundo e pele de coloração terrosa. A cefaleia, a náusea e a astenia podem durar de um a dois dias.

Algumas vezes pode ocorrer depressão, que dura meses. A terapia consiste em normalizar a oferta de oxigênio, retirando-o da atmosfera hiperoxigenada. A dificuldade de eliminação de dióxido de carbono (CO2) durante o mergulho pode provocar intoxicação com perda de consciência.

O indivíduo apresenta taquipneia, cefaleia, cansaço aos pequenos esforços, náuseas, vômitos e sensação de queimação na face. O tratamento consiste em favorecer a inalação de ar em concentração normal de gases. Em geral, há regressão rápida de sintomas.

O uso inadequado de equipamentos de mergulho pode provocar lesões como equimoses, hemorragia conjuntinal e asfixia. A diminuição de pressão atmosférica nas montanhas altas ou no vôo de aeroplano também implica diminuição da concentração de oxigênio no ar inspirado, o que pode provocar hipoxia, hipoxemia e até anoxia. O indivíduo apresenta hiperventilação compensatória com aumento da profundidade da respiração ou do número de movimentos respiratórios por minuto.

A hiperventilação compensatória aumenta gradativamente até decrescer e torna-se irregular. A cerca de 10.000m de altura ocorre respiração do tipo Cheyne-Stokes, com produção aguda de hemácias, taquicardia e tendência de elevação da pressão sanguínea, numa tentativa do organismo de garantir a distribuição do oxigênio. A essa altitude é possível também a ocorrência de parada respiratória.

A terapia consiste em transportar o indivíduo para local de pressão atmosférica normal e inalação de oxigênio contendo 7% de dióxido de carbono.

GLOSSÁRIO

Caixão pneumático – Uma estrutura retangular de concreto – que contém em seu interior materiais mais leves do que a água do mar (água de lastro ou ar) – entre as pernas da plataforma que serve para facilitar o seu deslocamento (transporte) e sustentabilidade no leito marinho. Esse suporte também foi aperfeiçoado e difundido nos primeiros anos de exploração offshore na zona norte do Mar do Norte, Noruega (Lappegaard et al., 1991). Utilizado na Inglaterra para escavar fundações de pontes, empregava ar comprimido para expulsar a água duma área do leito do rio para se poder trabalhar a seco. Utilizado em serviços de construção civil sob água.

Tubulões pneumáticos – Estacas de tubulões pneumáticos. Consiste no uso de ar comprimido após a cravação do tubo antes da escavação de seu interior. A finalidade do ar comprimido é a de manter a água afastada através do aumento da pressão no interior do tubo.

Método Shield – Neste método, o sistema impermeabilizante primário necessita grauteamento (nivelamento de base onde se vai assentar uma estrutura, feito com argamassa de cimento) para preenchimento de vazios entre os anéis pré-moldados e o solo escavado. O sistema impermeabilizante principal precisa de anéis pré-moldados de concreto rígido de baixa permeabilidade, além da vedação de juntas entre anéis pré-moldados, conforme o tipo de anel (que sempre deverá existir quando o túnel estiver sob lençol freático, independentemente do tipo de terreno).

Ocluída – Fechada.

Hipoacusia – Deficiência auditiva, surdez.

Dor Puntiforme – Dor aguda e intensa centralizada em um ponto.

Instilação – Colocar, inserir vagarosamente algo em algum lugar.

Seios paranasais – São espaços preenchidos de ar localizados no interior dos ossos do crânio e face, que se comunicam com a cavidade nasal.

Escafandro É uma armadura de borracha e ferro usada por mergulhadores para trabalhos no fundo da água. Essa estrutura comunica-se com a superfície através de um duto que assegura a livre respiração e permite resistir à pressão da água.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Bellusci, Silvia Meirelles. Doenças Profissionais ou do Trabalho. Editora Senac São Paulo. pp. 97 a 101 – Baropatias Profissionais. 11ª Edição. 1996.

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999.

Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

A N E X O II

AGENTES PATOGÊNICOS CAUSADORES DE DOENÇAS PROFISSIONAIS OU DO
TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI

Nº. 213, DE 1991


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm

29 de abril de 2011

A Água no Corpo

Conforme mencionado anteriormente, a água é, desde a nossa concepção, uma parte importante do corpo. Um embrião humano é composto de 80% de água e um recém-nascido de 74%. Já uma pessoa em idade avançada, pode chegar a conter apenas 55% de água no corpo. Aparentemente, à medida que envelhecemos, ficamos cada vez mais "secos", ou melhor, "desidratados".

A água que bebemos praticamente se converte em nós. É preciso ingerir muita água para garantir um bom funcionamento do nosso corpo. Além de ajudar na digestão e absorção dos alimentos, a água regula a temperatura do corpo, carrega nutrientes e oxigênio para as células, removendo as toxinas e outros resíduos de nosso corpo.

A verdade é que muitas pessoas não bebem água em quantidade suficiente. Normalmente à medida que envelhecemos, ingerirmos cada vez menos água. É fácil associar a imagem de uma criança suada vir correndo, no meio de uma brincadeira, para pedir um copo de água para sua mãe. É difícil imaginar uma pessoa de idade fazendo a mesma coisa. Não estamos nos referindo aqui aos benefícios da água como meio depurador do organismo, mas como elemento constituinte deste. Essa situação pode originar diversas disfunções: acúmulo de gorduras, baixo tônus muscular, deficiências digestivas, prisão de ventre, dores de cabeça, enxaquecas, problemas nas articulações, ressecamento da pele e outros.

Um adulto tem uma perda diária de aproximadamente 2,5 litros, ou de 8 a 10 copos de água. Basicamente, essa perda ocorre através de: 1/2 copo pelas solas dos pés; 2 a 4 copos pela respiração; 2 copos pela transpiração, e 3 copos através da urina.

A água é o meio onde ocorrem diversas reações químicas e enzimáticas no corpo. Ela transporta nutrientes, hormônios e anticorpos pelos sistemas linfático e circulatório. A própria temperatura de nosso corpo é regulada em boa parte pela transpiração que remove o excesso de calor para fora do corpo.

O próprio ato de respirar requer uma quantidade adequada de água para manter as membranas dos pulmões elásticas e hidratadas.

A ingestão regular de água é indispensável durante a gravidez pois, como já vimos, o feto é composto de aproximadamente 80% de água. É importante que essa água seja totalmente isenta de contaminantes, que possam de alguma forma prejudicar o desenvolvimento normal e a saúde do bebê. Atenção especial deve ser dada à total eliminação do cloro. Existem trabalhos científicos demonstrando que esse produto, combinado a resíduos orgânicos, forma uma substância chamada trialometano, que possui efeitos abortivos até o terceiro mês de gravidez. Para maiores detalhes sobre este assunto, recomendamos consultar o site www.ncbi.nlm.nih.gov, da biblioteca médica norte-americana, onde poderão ser encontrados outros trabalhos associando os trialometanos a ocorrências de câncer nos tratos digestivo e urinário.

Atualmente está sendo feito um sério questionamento com relação à adição de flúor na água (tanto na rede pública quanto nas águas engarrafadas). Esse produto, se aplicado em excesso, pode provocar fluorose dental (manchas brancas definitivas) nos dentes das crianças.

As pessoas de idade, por sua vez, não deveriam tomar água com flúor pois nelas a fluorose se manifesta como um enfraquecimento do esqueleto, provocada pela deposição de flúor nos ossos. Isso significa que os ossos, naturalmente propensos pela idade a desenvolver osteoporose, ficam ainda mais fragilizados. Um artigo muito interessante sobre este problema poderá ser encontrado no site do "British Medical Journal" www.bmj.com/cgi/content/full/319/7205/269. Não deixe de ler as respostas e comentários anexados a esse artigo.

Para mais detalhes, verificar a seção sobre contaminantes, onde relacionamos algumas das 800 substâncias que se estima estejam hoje contaminado a água que bebemos e os seus efeitos sobre a saúde das pessoas.

O efeito lubrificante da água nas articulações é importantíssimo. Quando as cartilagens estão convenientemente hidratadas, as extremidades ósseas se movimentam com facilidade, "flutuando" sobre esse colchão amortecedor. Se as cartilagens estiverem desidratadas, ocorrem movimentos abrasivos que podem redundar em danos permanentes e dores localizadas. Convém lembrar que o crescimento das células do sangue na medula tem prioridade na obtenção da água em relação às cartilagens. Por esse motivo, a manutenção de uma hidratação adequada exerce efeito positivo também nas pessoas que sofrem de reumatismo.

A água contida no centro de nossa coluna vertebral suporta 75% do peso da parte superior de nosso corpo. Os restantes 25% são suportados pelo material fibroso situado ao redor dos discos. Assim, a capacidade de carga de nossa coluna está estreitamente relacionada ao equilíbrio hidráulico e à qualidade da água ingerida.

Nosso cérebro é composto por 75% de água. Embora o peso deste órgão corresponda a apenas 2% do peso de nosso corpo, ele demanda 5% do fornecimento de sangue. Dores de cabeça e enxaquecas têm sido relacionadas freqüentemente com estados de desidratação do cérebro. Uma das recomendações para curar ressacas, onde nosso organismo se encontra bastante desidratado, é beber água em grandes quantidades.

A digestão de alimentos sólidos depende de quantidades substanciais de água. Os ácidos e enzimas existentes no estômago reduzem a comida a um fluido pastoso, que passa para a próxima fase da digestão, no intestino. Nessas circunstâncias, caso não haja um grau de hidratação adequado, o bolo alimentar será transformado em fezes duras, secas, de difícil circulação, e de evacuação dolorosa. Uma boa parte dos casos de constipação intestinal tem origem, portanto, em uma hidratação insatisfatória (e também a uma alimentação pobre em fibras).

Gastrites, duodenites, dores provocadas por úlceras (não perfuradas) e queimação de estômago, podem ter seu efeito atenuado através de ingestão de água.

A sensação de "boca seca" é um dos últimos avisos externos de desidratação. À medida que nosso organismo tenta se adaptar à falta de água, o mecanismo da sede fica desativado. Essa desativação também ocorre, gradualmente, enquanto as pessoas vão envelhecendo. Quando voltamos a fornecer um volume de água adequado ao nosso corpo, o mecanismo da sede volta a ser ativado, até que atingimos uma situação de hidratação normal. Isto faz com que voltemos a ter sede com freqüência.

A quantidade de água que deve ser ingerida diariamente por uma pessoa de vida sedentária é de aproximadamente 30 gr. por quilo de peso corporal. Isso representa, em média, uns 8 copos de água. Por cada 12 quilos de excesso de peso, recomenda-se um copo de água adicional. Uma pessoa ativa, atlética, necessitará de 40 gr. diárias por quilo de peso. Quanto mais exercícios a pessoa faça, mais água deverá ingerir. Recomenda-se, contudo, beber esses volumes ao longo do dia, não concentrando mais de 4 copos por hora. Após algumas semanas, a bexiga se adaptará a essas quantidades, passando-se a urinar com menos freqüência, porém em maior quantidade.
Existem no mercado vários aparelhos "magnetizadores de água" que prometem a cura das mais diversas moléstias mediante a simples ingestão dessa água supostamente energizada. Impressiona a variedade de doenças e disfunções que podem ser curadas por esse processo: ajudam na circulação sanguínea, eliminam o colesterol, previnem úlceras, combatem a celulite, combatem diabetes, previnem infecções diversas, diminuem a pressão arterial, etc. Na verdade de tempos em tempos aparecem novas teorias ou promessas de cura por esse meio. Na década do 50 era moda em alguns países tomar "água da Lua". Tratava-se de água depositada em uma jarra de vidro e exposta á luz da lua durante a noite período durante o qual estaria absorvendo algum tipo inexplicável de energia. Essa água deveria ser consumida em grande quantidade durante o dia seguinte para que surtisse efeito com maior intensidade. O principal benefício desses "tratamentos" é que induzem as pessoas a tomar água com regularidade. Vemos assim pessoas que raramente bebiam água, e sofriam, portanto, de prisão de ventre crônica, problemas nas articulações e na coluna, dores diversas causadas pelo acúmulo de alguma toxina no organismo, começarem a se sentir melhor.

A substituição da água por bebidas alternativas nem sempre é vantajosa como forma de re-hidratação. Sucos artificiais, refrigerantes, café e outros podem conter substâncias que não são tão saudáveis quanto se acredita. Bebidas com cafeína estimulam as glândulas supra-renais. Sucos podem conter excesso de açúcar ou compostos artificiais. Os refrigerantes, além desses compostos, podem conter quantidades expressivas de sódio. Na verdade, a ingestão desses líquidos poderá estar sobrecarregando e poluindo nosso organismo, em lugar de contribuir para limpá-lo e hidratá-lo de forma saudável.

4 de março de 2011

Segurança no Transporte de Materiais

Os equipamentos de transporte vertical de materiais e de pessoas devem ser dimensionados por profissional legalmente habilitado. Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em Carteira de Trabalho.
No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinalizada. No transporte e descarga dos perfis, vigas e elementos estruturais, devem ser adotadas medidas preventivas quanto à sinalização e isolamento da área.
Os acessos da obra devem estar desimpedidos, possibilitando a movimentação dos equipamentos de guindar e transportar. Antes do início dos serviços, os equipamentos de guindar e transportar devem ser vistoriados por trabalhador qualificado, com relação à capacidade de carga, altura de elevação e estado geral do equipamento. Devem ser tomadas precauções especiais quando da movimentação de máquinas e equipamentos próximo a redes elétricas. O levantamento manual ou semimecanizado de cargas deve ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com a sua capacidade de força, conforme a NR-17 - Ergonomia.
O cabo de aço situado entre o tambor de rolamento e a roldana livre deve ser isolado por barreira segura,de forma que se evitem a circulação e o contato acidental de trabalhadores com o mesmo. O guincho do elevador deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu acionamento por pessoa não autorizada. Em qualquer posição da cabina do elevador, o cabo de tração deve dispor, no mínimo, de 6 (seis) voltas enroladas no tambor.
Os elevadores de caçamba devem ser utilizados apenas para o transporte de material a granel. É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar não projetado para este fim. Os equipamentos de transportes de materiais devem possuir dispositivos que impeçam a descarga acidental do material transportado.



Leia Mais:
http://www.prevencaonline.net

Lembre-se:


Desistir na primeira tentativa é duvidar da própria capacidade de perseverar. Não deixe a primeira porta que foi fechada selar o seu destino no mercado de trabalho, procure bater em todas as portas até que uma se abra e lhe dê a grande chance.

25 de fevereiro de 2011

PSICOLOGIA DO TRABALHO

PSICOLOGIA EM SEGURANÇA DO TRABALHO

A psicologia é talvez o ponto - chave da segurança, pois o aspecto humano é a referência a ser observada com maior cuidado pelos profissionais da segurança.
De nada adiantam medidas de controle eficazes para os riscos ambientais, programas de prevenção de acidentes, se o profissional não reconhece no trabalhador, durante o Diálogo Diário de Segurança, que este não está em seus melhores dias, porque brigou com alguém em casa, ou tem dívidas, como exemplos.
Ter a sensibilidade de reconhecer como o homem possa vir a se comportar em função do seu estado de espírito é fundamental. O psicólogo poderia ser naturalmente, a sexta profissão reconhecida como integrante do SESMT. Tamanha é a sua importância que basta observar as estatísticas do Ministério da Previdência Social sobre afastamentos relacionados a aspectos comportamentais.
Má-fé do trabalhador em ludibriar seus gerentes no intuito de trabalhar menos existe como também existem empregadores que negligenciam segurança simplesmente porque ela é "cara".
Como um exemplo mais direto, para sair do discurso que possa parecer pronto para alguns, analise dois exemplos.
Um deles, uma equipe de trabalhadores, com pouca instrução, liderados por um gerente querido por eles, por tratá-los com respeito e igualdade. Imagine a situação que, por exemplo, tentam lançar uma cordoalha sobre um rio supostamente raso e com pouca correnteza. Na ausência do gerente, resolve um deles atravessar o rio para lançamento do cabo, no intuito de "agradar o chefe", e acaba morrendo afogado, levado por correntes de água que não esperava que existisse.
O outro exemplo, uma equipe de profissionais em crescimento, a maioria estudando um curso de nível superior, sendo liderados por um gerente ignorado e odiado pela equipe, por exigir, em poucas horas de serviço uma produtividade excessiva, sem a menor remuneração por horas extras, e mesmo estas sendo acumuladas como banco de horas, o trabalhador é repreendido por possuir um banco generoso. Naturalmente essa equipe começa a deixar o emprego, procurando outras empresas. Quem fica, favorece aos índices de absenteísmo, entregando atestados arranjados ou falsos.
Observe um caso de acidente de trabalho, e outro de rotatividade e absenteísmo, causados pelos efeitos comportamentais no trabalho.

16 de fevereiro de 2011

DIFERENÇA ENTRE INCIDENTE E ACIDENTE

VOCÊ CONHECE A DIFERENÇA ENTRE INCIDENTE E ACIDENTE ?

Esta semana quando eu estava assessorando uma empresa a responder uma lista de verificação sobre a implantação do seu Plano de Gestão de Segurança e Saúde, fui indagado em determinado momento por um dos seus dirigentes, o que seria um incidente. Ele queria saber com certeza qual é a diferença entre um incidente e um acidente.

Um “incidente” pode ser definido como sendo um acontecimento não desejado ou não programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficiência operacional da empresa.

Do ponto de vista prevencionista, um “acidente” é o evento não desejado que tem por resultado uma lesão ou enfermidade a um trabalhador ou um dano a propriedade.

Ao adotarmos as providências necessárias para prevenir e controlar os incidentes, estamos protegendo a segurança física dos trabalhadores, equipamentos, materiais e o ambiente.

A eliminação ou o controle de todos os incidentes deve ser a preocupação principal de todos aqueles que estiverem envolvidos nas questões de prevenção de acidentes ou controle de perdas.

Portanto, os incidentes podem ou não serem acidentes, entretanto todos os acidentes são incidentes.

Entendido o significado do conceito acima, é que poderemos dar início aos processos de controle de todas as causas e origens dos incidentes e dos acidentes.

Outro conceito que deve ser fixado, é que os incidentes podem ser classificados como “quase acidentes” e não os acidentes com danos a propriedade ou com lesões leves não incapacitante.

Em 1969 o Inglês Frank E. Bird Jr., Diretor de Segurança de Serviços de Engenharia da Insurance Company North America elaborou um completo estudo de acidentes, no qual ele dispendeu mais de 4.000 horas de pesquisa, analisando mais de 1.750.000 acidentes informados de aproximadamente 300 empresas, totalizando mais de 3 bilhões de horas homens de exposição ao risco de 21 grupos industriais diferentes.

Do estudo dos acidentes relatados, surgiram as seguintes proporções, que se tornaram conhecidas como a “Piramide de Frank Bird”.

  • 600 Incidentes que não apresentaram lesões ou danos visíveis.
  • 30 Acidentes com danos à propriedade.
  • 10 Lesões leves não incapacitantes.
  • 1 Lesão Séria ou Incapacitante.

Pirâmide de Frank bird


Estou levantando o assunto neste artigo, em função dos recentes “acidentes” ocorridos seguidamente com uma grande empresa de capital brasileiro, que é reconhecida nacional e internacionalmente, pelo seu elevado padrão tecnológico além de contar nos seus quadros com profissionais altamente especializados e competentes.

Entretanto, acredito que a direção da referida empresa tenha se deixado influenciar pela pressão da mídia e da sociedade como um todo, na análise e avaliação dos acidentes ocorridos, gerando como uma das providências preventivas/corretivas a substituição de gerentes, e no caso do último acidente ocorrido em julho, o desligamento de 4 empregados além da punição de outros 8 gerentes.

Um Diretor da empresa declarou que o motivo da punição foi pelo fato dos empregados não terem cumprido as normas da empresa e cometerem falhas na operação.

Já o Diretor da Federação que representa os trabalhadores, considerou arbitrárias as punições e acusou a empresa, dizendo que os acidentes foram

conseqüência da redução de pessoal, do acúmulo de trabalho e da falta de investimentos na segurança.

As causas dos acidentes podem ser determinadas e controladas através do conhecimento e análise dos seguintes sub-sistemas: Pessoal; Equipamento; Material e Ambiente.

A empresa classificou como causa principal do acidente a “falha humana”, entretanto todos sabemos que os fatores pessoais que dão origem às falhas humanas explicam por que as pessoas não atuam como deveriam.

Ficando no ar a seguinte pergunta: Por que os procedimentos operacionais, sistemas de comunicações, equipamentos e válvulas de segurança não foram eficientes para neutralizar as falhas humanas como deveriam, deixando que um incidente se transformasse em um grande acidente?